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Musk comemora sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes
Por Administrador
Publicado em 01/08/2025 18:20 • Atualizado 01/08/2025 18:30
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                    Musk comemora sanções dos EUA contra Alexandre de Moraes

 

No dia 30 de julho de 2025, o bilionário Elon Musk, proprietário da plataforma X (antigo Twitter), reagiu com entusiasmo às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, com base na Lei Global Magnitsky — legislação americana usada para punir autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos e abusos de poder.

A reação de Musk

Elon Musk respondeu a uma publicação do senador republicano Marco Rubio, que celebrava as medidas adotadas pelo Departamento de Estado, com uma curta frase: “This is the FO part” — uma expressão que, na gíria americana, equivale a “a consequência chegou”. A frase é uma referência à máxima “Fool around and find out”, usada para indicar que uma pessoa está colhendo o resultado de suas próprias atitudes.

Além da frase, Musk compartilhou a notícia com um ar de comemoração, interpretado por muitos como uma retaliação às medidas de censura e restrição que Moraes impôs à rede social X no Brasil durante investigações relacionadas aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

Entenda as sanções

As sanções foram autorizadas pelo governo Trump com base na Lei Global Magnitsky e incluem:

  • Congelamento de bens de Alexandre de Moraes em solo americano;

  • Proibição de entrada nos Estados Unidos;

  • Restrições a transações financeiras com cidadãos e empresas norte-americanas.

Segundo nota oficial do Departamento de Estado, Moraes é acusado de promover censura contra a liberdade de expressão, prender opositores sem o devido processo legal e interferir em processos democráticos.

Reação no Brasil

O ministro Alexandre de Moraes respondeu às sanções com firmeza, afirmando que seguirá conduzindo os processos em curso, incluindo os que envolvem o ex-presidente Jair Bolsonaro, “com base na Constituição e na independência do Poder Judiciário brasileiro”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudiou publicamente a decisão americana, classificando-a como “um ataque à soberania do Brasil” e alertando que qualquer tentativa de intimidação ao Judiciário será encarada com rigor. A Presidência também reforçou que decisões judiciais devem ser respeitadas internamente e que não cabe a governos estrangeiros julgar a atuação de ministros da Suprema Corte brasileira.

Desdobramentos políticos

O episódio gerou tensão diplomática entre Brasília e Washington. Parlamentares governistas criticaram a medida americana como uma interferência indevida, enquanto opositores do governo elogiaram a ação como um “ato de coragem” do governo Trump diante do que consideram abusos cometidos por Moraes.

Protestos contrários e favoráveis foram registrados em várias cidades brasileiras. Em São Paulo, manifestantes se reuniram diante do consulado dos EUA com cartazes defendendo a liberdade de expressão e a soberania do Brasil.

O pano de fundo

A relação entre Musk e Moraes se deteriorou ao longo dos últimos anos. Durante investigações conduzidas pelo STF sobre milícias digitais e ataques à democracia, o ministro determinou a exclusão de perfis e postagens na plataforma X. Musk, por sua vez, acusou o Judiciário brasileiro de censura e chegou a ameaçar descumprir ordens judiciais, o que levou a embates diretos entre os dois.

A decisão do governo americano de aplicar sanções contra uma autoridade do STF brasileiro é vista por especialistas como um precedente delicado, que pode provocar consequências diplomáticas e jurídicas de longo prazo. Analistas alertam que o caso ainda deve repercutir internacionalmente e reacender o debate sobre os limites da jurisdição em tempos de globalização digital.


André Costa – Rádio Eldorado FM
www.radioeldoradofm87.com.br


 

 

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